Novo programa na TV

... é a propaganda eleitorial gratuita: comédia ou show de horrores? Depende do ponto de vista. E o Brasil, ó...

Xeque Mate

No último dia 12 de agosto de 2010, fui testemunha de uma estratégia, tomada pela categoria dos motoristas de ônibus, digna de uma comenda militar: simplesmente bloquearam em horários de pico as avenidas mais movimentadas da cidade! E como nossa esta, mesmo com avanços ao longo de sua história, ainda é bastante vulnerável no que se refere transporte público e controle de tráfego.

Se caos não for a palavra ideal para nomear o que vi, creio que possa ser utilizada alguma outra similar.

Motoqueiros passavam ao lado do meu carro como um enxame de vespas. As pessoas formavam bandos que mais pareciam estar em uma cruzada migratória. Veículos parados apontando uma mesma direção. Cenas que me remetiam a momentos de filmes de catástrofes americanos (aqueles que durante um congestionamento, vem uma onda gigante, um meteoro cai, um monstro aparece ou simplesmente o chão se abre debaixo de nossos pés) e a refletir até que ponto chegou nossa dependência daquilo que deveria nos tornar mais indepedentes e livres para ir e vir.

Carta ao pai

pai,
obrigado por tudo!

por não ter sido o herói quando era criança
por não ter estimulado meus potenciais quando cresci mais um pouco
pela ausência nos momentos difíceis na adolescência
pelo desinteresse em ser um norte na minha juventude
por ter abandonado completamente sua família!

Apesar disso tudo, agradeço
porque consegui me tornar um homem de respeito
um filho pelo qual todo pai se orgulharia! Menos você!
Mas restauram sequelas. Irreparáveis. Dolorosas.
Fantasmas que espero exorcizar quando eu for pai
e passar para minha descendência
o verdadeiro sentido do amor incondicional!

Portanto, não espere neste dia
qualquer manifestação minha.
Mais pecado que não perdoar
é um pai negar sua prole
Siga seu caminho
não conte comigo
escolha outro jovem
pra chamar de seu filho!

R.I.P.

ê desigualdade!!!

Recentemente todos os meios de comunicação veicularam uma polêmica provocada pelos jogadores do Santos em um momento de descontração mas que pode servir como parâmetro da definição da personalidade de grande parte de jogadores de futebol principalmente aqueles que estão no "topo". Vejam só uma declaração feita por um deles como resposta para torcedor na internet quando questionado sobre sua ausência no time:

"O que eu gasto com o meu cachorro de ração é o teu salário por mês. Entao não fode".

Tenho quase certeza que, há pouca tempo atrás, era esse indivíduo que estava na condição de comer ração, mas como esses jogadores são subitamente alavancados para um padrão de vida de muito luxo, luxúria, "poder" e futildade, de uma maneira ou de outra, suas origens e seu papel perante a sociedade é deixado para segundo plano, criando, inclusive, no imaginário das crianças, que jogar bola e depois "frescar" bastante é a única forma de ascensão social e busca da felicidade. E que angústia ou remorso pode ser gerado caso tal objetivo não seja alcançado!

Compartilho da idéia de valorizar e remunerar honestamente talentos de qualquer área, mas qual é a fórmula para se chegar a um salário que pode oscilar de 100.000 à 700.000 reais por mês (por baixo, heheh!!!). É compatível com qual critério de seleção? Sei que há a publicidade, mídia, contratos, marketing e o escambau. Mas enquanto isso, um professor, médico, advogado, engenheiro para ganhar esses valores, líquidos, têm que ralar, estudar, ralar, trabalhar, ralar,ralar e olhe lá!!! E cada vez mais vemos exemplos de que tudo isso é jogado literalmente no lixo!!!

Contudo, toda regra tem uma exceção (e nessa área são raríssimas). Vejam os exemplos de Sócrates, Raí...coincidentemente citei irmãos!...creio então que jogador de futebol com todas as palavras e seu melhor sentido vem de berço!