De repente mais de trinta,
em uma cronologia que não soube entender.
Contava em anos, coisas, expectativas,
aquilo que eu já deveria ser e fazer.
Tento colas os estilhaços de minha memória
em espelhos que reflitam o que eu sou.
Perco então mais tempo nessa amargura
de conceber que poderia estar onde não estou.
O tempo ensino, maltrata, apaga, revive
conduz um corpo à deriva, uma alma em desaprumo
mas não consegue destruir a essência
de uma criança que brinca de encontrar seu rumo.
Tempo não se conta, vive-se
A finitude é abstrata, eterniza-se.
Dessas lições, difícil aprendizado
pelo que não fiz, atormentado.
Sigo, vago, perdido, acorrentado.
Paulo Henrique Palácio
quarta-feira, 14 de março de 2012
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